domingo, 21 de maio de 2017

Camões: Quem foi?

          Sabe-se que o maior poeta português, Luís Vaz de Camões, nasceu provavelmente em Lisboa (Portugal), por volta de 1524 (ou 1525) e pertenceu a uma família da pequena nobreza, de origem galega. Este poeta do classicismo português possui obras que o coloca a altura dos grandes poetas do mundo. Seu poema épico Os Lusíadas divide-se em dez cantos repartidos em oitavas. Esta epopeia tem como tema os feitos dos portugueses: suas guerras e navegações. 
            Dono de um estilo de vida boêmio, este escritor lusitano foi frequentador da Corte, viajou para o Oriente, esteve preso, passou por um naufrágio, foi também processado e terminou em miséria. Seus últimos anos de vida foram na mais completa pobreza. A bagagem literária deixada pelo escritor é de inestimável valor literário. Ele escreveu poesias líricas e épicas, peças teatrais, sonetos que em sua maior parte são verdadeiras obras de arte. 
Criador da linguagem clássica portuguesa,  teve seu reconhecimento e prestígio cada vez mais elevados a partir do século XVI. Faleceu em Lisboa, Portugal, no ano de 1580. Seus livros vendem milhares de exemplares atualmente, sendo que foram traduzidos para diversos idiomas (espanhol, inglês, francês, italiano, alemão entre outros). Seus versos continuam vivos em diversos filmes, músicas e roteiros.


Obras de Camões

1572 - Os Lusíadas
1595 - Rimas

Lírica
1595 - Amor é fogo que arde sem se ver 
1595 - Eu cantarei o amor tão docemente 
1595 - Verdes são os campos 
1595 - Que me quereis, perpétuas saudades? 
1595 - Sôbolos rios que vão 
1595 - Transforma-se o amador na cousa amada 
1595 - Sete anos de pastor Jacob servia 
1595 - Alma minha gentil, que te partiste 
1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades 
1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso 

Teatro (Comédias)
1587 - El-ReiSeleuco.
1587 - Auto de Filodemo.
1587 - Anfitriões

OS LUSÍADAS
           
O nome de lusíadas é dado aos portugueses (e seus descendentes) que, sulcando os mares desconhecidos, abriram ao mundo o Atlântico, o Índico e o Pacífico, ao mesmo tempo que estabeleceram o diálogo entre o Velho Continente e a África, as Américas, a Ásia e a Oceania.
            Os Lusíadasé o peoma épico de Luís de Camões: dividido em 10 cantos, te 1.102 estrofes ou estâncias, oitava rima e 8.810 versos decassílabos heroicos. Os 10 cantos são compostos da seguinte forma: 143 o quarto, 104; o quinto, 100; o sexto, 99; o sétimo, 87; o oitavo, 99; o nono, 95 e o décimo, 156.
            Camões canta diversos episódios da história de Portugal – com destaque para a viagem de Vasco da Gama (149-1499), e a descoberta do caminho marítimo para a Índia –, aliando sempre, porém, a grandeza histórica a uma visão humana e poética. Os Lusíadas é um poema em que o herói é um povo inteiro.


LÍRICA

            Se em Os Lusíadas temos na plenitude o Camões clássico, inspirado nos modelos da épica de Virgílio e Homero, num estilo latinizado e solene, é nas suas poesias líricas que temos revelada sua dimensão mais humana e pessoal. Nelas se refletem de modo mais claro seus dramas íntimos, suas angústias e tristezas, suas alegrias – enfim, as várias vibrações de sua alma de homem português e renascentista.
            Embora seja fácil reconhecer as diversas influências que a obra de Camões revela, não foi ele um simples imitador ou reprodutor de modelos. Ao contrário, assimilou essas influências e graças a seu gênio criativo insuflou vida nova nas formas poéticas consagradas.

TEATRO

Conhecem-se de Camões três comédias: El-ReiSeleuco, Filodemoe Anfitriões. As duas primeiras apresentam estrutura semelhante às peças de Gil Vicente, enquanto a última revela influência das comédias clássicas.
Diferentemente, porém, dos autores em quem se inspirara formalmente, Camões se interessa muito mais por problemas psicológicos e amorosos do que por questões sociais. Embora essas peças não constituam a parte mais representativa do gênio criativo camoniano, a leitura de alguns trechos nos ajudará a completar o perfil literário de poeta.


Rodrigo Santana






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